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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Kelvin Hoefler é campeão mundial de Street

Após divulgarmos a recente conquista dos títulos mundiais dos brasileiros Sandro Dias (vertical) e Letícia Bufoni (street feminino) - veja notícia -, esta confirmado mais um título mundial para o Brasil, desta vez no street.



O skatista é Kelvin Hoefler, que em sua primeira participação no circuito, conquistou pontos suficientes para ser consagrado campeão mundial de street do Circuito Mundial WCS 2011 por antecipação. Apesar de ainda restar a última etapa do circuito, em Berlim no mês de novembro, Kelvin já possui uma pontuação inatingivel por qualquer outro competidor e já é detentor do título, com 4600 pontos. O segundo lugar é de outro brasileiro, Rodolfo Ramos, que, no maximo, podrea atingir 4450 pontos ao final da temporada. Aproveitamos para fazer uma entrevista com Kelvin Hoefler sobre o título mundial e os fatos mais importantes que aconteceram neste primeiro ano como profissional deste talento brasileiro.



Então já esta certo que você é campeão mundial de street 2011?
Sim. Esta confirmado que sou Campeão Mundial de Street 2011 juntamente com o Sandro Dias e Leticia Bufoni. São os cinco melhores resultados do circuito WCS. Acho que sou o primeiro paulista que é campeão. Fiquei muito contente de representar a cidade de São Paulo. Da hora!

E como você ficou sabendo? Alguém da World Cup of Skateboarding entrou em contato com você?
O Sasha (Steinhorst) da WCS confirmou o titulo. Mandei um e-mail para ele perguntando sobre esse assunto, e ele percebeu que não tinha mais como ninguém me alcançar na pontuação. Mesmo assim eu vou para Alemanha para andar bem e tentar ganhar. O terceiro lugar no mundial da Bélgica me ajudou. Mesmo com o joelho quebrado eu andei. Forcei um bocado... achei que tinha me esforçado a toa mas o resultado me ajudou muito.



Como é ser campeão mundial de street em seu primeiro ano como profissional?
Nossa, estou muito feliz! Achei que não ia acontecer, foi muito dificil, foi diferente das competições que tive no Brasil, muita pressão lá. Nunca fui campeão brasileiro. Sempre bati na trave. Agora chego e ganho o mundial? É pra ficar feliz né? Mas estou mais contente por ser o primeiro paulista a ganhar esse título. Acho que os skatistas de São Paulo também tinham que ter este título.



Sobre essa sua lesão no joelho. Como foi e onde rolou isso?
Nossa, foi na Bélgica. Foi a primeira manobra da jam session, a manobra que tentei varar todo a spine e cair de noseblunt, bati o joelho muito forte no chão quando o skate escapou, senti muita dor, mas mesmo assim continuei a andar e ao final da sessão caí e não consegui mais andar. O Fabio Sleiman, a Leticia Bufoni e o Tomas Vintr que me ajudaram e aconselharam a retornar para o Brasil no mesmo dia.

Mas qual foi o parecer médico?
Quando cheguei em São Paulo, meus pais já estavam me esperando e logo me levaram para o hospital, onde foi constatado que a rotula estava quebrada. O joelho estava muito inchado, e tive que fazer drenagem. Foram retiradas umas cinco seringas de sangue do joelho, e no dia seguinte fui internado para fazer a cirurgia. Tive que colocar dois parafusos no joelho para calcificar mais rápido. Agora estou nas sessões de fisioterapia, e espero estar bom logo, pois dia 09 de outubro vou para Las Vegas correr o Dew Tour.



Além das vitórias e do título mundial, quais foram os melhores momentos neste primeiro ano como profissional?
Vencer é muito bom, mas nada se compara quando você é reconhecido pelo seu trabalho dentro do skate. Venho me dedicando para ser um atleta completo, não só vencer, mas ser mais companheiro, amigo, entender o que o skate pode me trazer de bom, como as amizades isso não tem preço que pague, a ajuda que tive na Belgica foi muito grande. Meu melhor momento foi quando eu me machuquei e vi que, apesar de estar longe de casa, tive os meus amigos do meu lado.



Eu gostaria de você falasse sobre o seu preparo para andar de skate? Quantas horas por dia você anda de skate? Se faz algum preparo físico para o skate? Você cuida da alimentação? Tem um acompanhamento psicológico?
Eu gosto de competir, e para isso você tem que se preparar. Treino muito, principalmente quando quero pegar a base de uma manobra. Fico tentando acertar ela três a quatro vezes seguidas. Enquanto não conseguir fazer isso, eu não paro de treinar. Exemplo, se vou fazer a manobra e acerto ela duas vezes e na terceira eu erro, volto do zero. Isso até pegar ela na base, isso me ajuda nos eventos, o treino pode levar o dia todo. Fico ali tentado até conseguir. No Brasil, eu fazia academia no periodo da tarde, pois estava na faculdade no periodo da manha, e treinava o skate a noite. Em Los Angeles, na casa da Leticia tem uma mini academia que dava para treinar um pouco. Na parte psicologica, tive muita ajuda do meu pai, ele sempre me avisou que este dia chegaria e eu não tenho mais medo de pressão.

Quais são suas próximas metas no skate e fora dele?
Tenho que tirar minha habilitação (risos). Gostaria muito de ser campeão brasileiro profissional, mas acho que este ano não vai dar. Vou me empenhar nisso no ano que vem. E vou tentar continuar na faculdade.



Você faz faculdade do quê? E está em que período do curso?
Eu tranquei este ano. Estava na UNIESP, fazendo Administração de Empresas no periodo da manhã. Entrei no início do ano.

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